sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Ao saudoso Luiz Gonzaga (Poema)



LUIZ GONZAGA - O REI DO BAIÃO
Hoje acordei saudoso
 Do nobre Rei do Baião
Que tanto alegrou o povo
Da cidade e do Sertão
 Luiz Gonzaga é o seu nome
E o apelido é Gonzagão Gonzagão
Nobre poeta Da cultura popular  
No Brasil de Norte a Sul
Fez sua estrela brilhar
 Cantando Xote e Baião
Fez a sanfona falar
Na fazenda Caiçara
Nasceu o Rei do Baião
Cresceu tocando zabumba
Mais tarde acordeão
E pelo país inteiro
Mostrou a dor do Sertão
 Numa sala de reboco
Dançou com o seu benzinho
 Viu Asa Branca voar
 Partindo triste do ninho
Mostrou o flagelo da seca
E dançou Xote de mansinho
 Por um amor proibido
 Luiz Gonzaga apanhou
Revoltado com os pais
O pé na estrada botou
E sem saber o que fazer
 No exército se alistou
O "cabra da peste" Gonzaga
Nordestino arretado
 Viajou pelo Brasil
Ainda como soldado
Mas no Rio de Janeiro
O "cabra" ficou encantado
Pediu dispensa da farda
E na zona foi tocar
Solando acordeão
Foi tentando se firmar
Tocando samba e choro
Não saia do lugar
Mas como um soldado bravo
 Luiz Gonzaga insistiu
E num programa de calouros
 Despontou para o Brasil
Quando a platéia de pé Empolgada lhe aplaudiu
 Aos poucos Luiz Gonzaga
Foi mostrando a Nação
Com talento e humildade
Como se canta Baião
Conquistou ricos e pobres
 Na cidade e no sertão
Cantou com desenvoltura
Toada, xaxado e xote Aboio, chamego e baião
 No sudeste, sul e norte
O fole da sua sanfona
 Somente calou-se com a morte
No ano oitenta e nove
O Brasil entristeceu
Quando o fole da sanfona
De Gonzaga emudeceu
 Naquele dois de agosto
O Rei do Baião morreu
Gonzagão deixou saudades
No coração do Brasil
Naquela manhã de agosto
Quando daqui partiu
Mas seu canto ainda ecoa
Pelo céu azul anil. 
Extraido de: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=45041meuip.co

Nenhum comentário:

Postar um comentário