LUIZ GONZAGA
- O REI DO BAIÃO
Hoje acordei
saudoso
Que tanto
alegrou o povo
Da cidade e
do Sertão
Luiz Gonzaga é o seu nome
E o apelido
é Gonzagão Gonzagão
Nobre poeta
Da cultura popular
No Brasil de
Norte a Sul
Fez sua
estrela brilhar
Cantando Xote e Baião
Fez a
sanfona falar
Na fazenda
Caiçara
Nasceu o Rei
do Baião
Cresceu
tocando zabumba
Mais tarde
acordeão
E pelo país
inteiro
Mostrou a
dor do Sertão
Numa sala de reboco
Dançou com o
seu benzinho
Viu Asa Branca voar
Partindo triste do ninho
Mostrou o
flagelo da seca
E dançou
Xote de mansinho
Por um amor proibido
Luiz Gonzaga apanhou
Revoltado
com os pais
O pé na
estrada botou
E sem saber
o que fazer
No exército se alistou
O
"cabra da peste" Gonzaga
Nordestino
arretado
Viajou pelo Brasil
Ainda como
soldado
Mas no Rio
de Janeiro
O
"cabra" ficou encantado
Pediu
dispensa da farda
E na zona
foi tocar
Solando
acordeão
Foi tentando
se firmar
Tocando
samba e choro
Não saia do
lugar
Mas como um
soldado bravo
Luiz Gonzaga insistiu
E num
programa de calouros
Despontou para o Brasil
Quando a
platéia de pé Empolgada lhe aplaudiu
Aos poucos Luiz Gonzaga
Foi
mostrando a Nação
Com talento
e humildade
Como se
canta Baião
Conquistou
ricos e pobres
Na cidade e no sertão
Cantou com
desenvoltura
Toada,
xaxado e xote Aboio, chamego e baião
No sudeste, sul e norte
O fole da
sua sanfona
Somente calou-se com a morte
No ano
oitenta e nove
O Brasil
entristeceu
Quando o
fole da sanfona
De Gonzaga
emudeceu
Naquele dois de agosto
O Rei do
Baião morreu
Gonzagão
deixou saudades
No coração
do Brasil
Naquela
manhã de agosto
Quando daqui
partiu
Mas seu
canto ainda ecoa
Pelo céu
azul anil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário